quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Amatores



Cego num quarto escuro
Incrédulo do caminho que não viu
Boca amarga, coração depreda
Fruto doce à mesa é um presente que não pediu

Brasa que a memória não apaga
De um fogo que acendeu só
E do mel da fruta que não chupou
As cinzas do tempo querem fazer pó

Espectro do por do sol
Pintura que apenas na cabeça existe
Na cortina escondida na espectativa
Palco de paixão faz cena triste

O Tempo que leva é tempo que trás
Leva tristeza, trás fruto maduro
Trouxe para perto a vontade que cegou
E a levou mais uma vez para um quarto escuro...




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