sexta-feira, 24 de maio de 2013

Coração


Se eu não odiasse, eu não amaria...

O que queremos ?



Rede balançar
Sede provocar
Paixão despertar
Coração embalar


Sempre o melhor

O vento estava forte naquele dia, amora estava sentada no sofá e se assustou com a porta batendo.
-Tem alguém aí ? O silêncio invadiu a casa anunciando a sua presença!
Já faziam muitos dias que ela não tomava banho, a casa estava um lixo, comida jogada no chão, a janela estava completamente embaçada de tanta sujeira. O rádio estava ligado tocando os sucessos românticos da década de 80. Amora não havia superado o fim, não daquela maneira. Nesses dois longos anos, já havia ameaçado sair de casa diversas vezes, mas não conseguia descer um degrau da escada da frente.
-Porque Ricardo, porque ? Era o questionamento que gritava na cabeça daquela mulher uma vez a cada segundo. Essa tormenta paralisava qualquer ação de amora. Tudo bem, homem não presta mesmo, todos são iguais, mas ser trocada por uma paixão mais nova, era demais. 14 anos não são 14 dias, como aquele desgraçado pode fazer isso... Foi levando as coisas de casa pouco a pouco, quando percebi, já não havia mais nada. De baixo dos meus olhos e eu nada pude fazer! O que é que ela tem que eu não tenho ? Se eu encontrasse ele mais uma vez, com certeza faria uma desgraça, mataria aquela vagabunda também, quem ela pensa que é para acabar um casamento de tantos anos? Amora começa babar e morder seus lábios, que rapidamente umidificam em sangue!
De repente um clarão invade e Jeanne desperta, ao afastar o rosto, percebe a sua face marcada de traços horizontais... Resultado de horas debruçada com a cara na grade, em segundos a sensação de liberdade ia desaparecendo, sentiu a mão adormecida, completamente amarrada para trás e em poucos segundos recobrou o pouco que sobrava de consciência, já faziam pelo menos vinte dias que ela não saia daquele local. Tudo o que ela produziu nesse tempo contribuía para que aquele cenário doente fosse ainda mais assustador.




Ela é louca e está pensando isso no manicômio


Ele chega e apresenta sua esposa, Amora.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bandito cuore



Fugitiva, a palavra que não se pode falar
Aqui dentro, pensamentos bagunçam tudo
E dos sentidos, que qualquer coisa faz lembrar
Imaginar, tira a paixão do mudo!

Beijar a rosa e engolir os espinhos
Mergulhar no yin e desaparecer no espaço
Viajar no impossível! Para viver o que não era...
Catando palavras para desenhar um traço

Sentimento reticente
Advogando em causa própria
Réu de um crime que não cometeu

Seu coração, suas leis...